Já escrevi meu roteiro de Fernando de Noronha aqui no blog, mas tenho novidades!
Voltei para Noronha no último réveillon, porque estava morrendo de saudades do paraíso… Foi minha quinta vez, mas cada vez mais eu conheço pessoas viciadas naquele lugar que já passei a achar que 5 vezes é pouco! Eu quero é voltar MIL vezes!

E de tanto que eu postei nas redes sociais, teve uma galera pedindo mais e mais dicas, o que me motivou a voltar aqui para contar!
A primeira observação que eu costumo fazer é que ninguém deve ir pra Noronha esperando um resort, luxo e mordomia. Por melhor que seja sua pousada, o sinal da internet oscila (3G ou wi-fi simplesmente não funcionam no final do ano), o café da manhã é bom, mas não é aquele padrão “nordeste exagerado”, o melhor meio de transporte é o buggy (a maioria das ruas não são asfaltadas), o acesso a maioria das praias exige um grau mínimo de esforço e nelas não existem ambulantes nem bares com garçons nos servindo. Mas, justamente por isso tudo, Noronha é perfeito!

As pousadas que costumo recomendar são as seguintes: Mar Aberto, Mar Atlântico e Pedras Secas (uma do lado da outra, na Floresta Nova). Não conheço, mas simpatizo com a Beijupirá, Triboju, Solar de Loronha… Vi de longe uma que parecia charmosa chamada Miragem. E se você tiver disposto a investir um pouco mais, procure a Teju Açu, Zé Maria, Maravilha ou Solar dos Ventos.
Para alugar o buggy, procure a Morro do Farol, que tem os carros mais bem conservados. A diária na época do réveillon mais que triplica de preço – paguei 450 por dia (negociei muito e com antecedência) e teve gente pagando 600! É um absurdo, se pensarmos que fora da alta temporada, paga-se algo em torno de 100 reais. Doeu no coração…

Além dos preços exorbitantes, fiquei um pouco incomodada com o perfil dos turistas dessa época. Parecia que as pessoas estavam em busca de festas legais e que, por acaso, seriam em Noronha. Pra mim, a lógica é inversa. Eu vou para o paraíso e, se tiver uma festa legal por lá, ótimo!
Todos os dias tinham festas que rolavam na madrugada e eu ficava pensando se as pessoas conseguiam acordar para aproveitar o dia… Mas, obviamente, não foi isso o que me incomodou. Fiquei chocada com a sujeira que encontrei no Mirante do Boldró dois dias depois de ter tido uma festa lá. Os organizadores, que dizem amar Noronha, exploram o lugar com essas festas sem noção e nem promovem a limpeza no dia seguinte! Mas não vou ficar aqui falando dessa galera esquisita…
A festa do réveillon foi bem legal, na Pousada do Zé Maria. Dizem ser o melhor réveillon do Brasil e eu confirmo! Foi muito TOP! Muita gente bonita, música boa, comida farta e bebida regada… Compramos o ingresso com bastante antecedência (julho, eu acho) e já estava bem caro. Quem deixou pra comprar em cima da hora pagou R$1.500 no feminino (que é mais barato que o masculino).

Os restaurantes que fomos dessa vez foram os de sempre (já falei bastante aqui, mas tem algumas novidades na ilha!
Fomos no Festival do Zé Maria, sempre alto-astral e imperdível (acontece aos sábados e quartas), na Pousada Maravilha (caro e não surpreende), Beijupirá (adoro o visual, mas vários pratos estavam em falta nessa época), Cacimba Bistrô (decepcionou muito, porque mudou de dono e de cardápio) e Mergulhão (melhor opção para o entardecer).


A novidade é o Mesa da Ana. O restô fica na casa da Ana (na Vila do Trinta), que é uma chef formada pela Le Cordon Bleu e que resolveu abrir seu espaço no paraíso. Ela recebe apenas 10 pessoas por dia, na mesma mesa, no jardim, com a proposta de menu-confiança. O ambiente é super charmoso, mas está super concorrido… Tem que reservar com antecedência e eu não consegui ir dessa vez. Mas passei por lá e tirei essas fotinhos:
Além de passear por todas as praias, existem as opções das trilhas. Pra fazê-las, é preciso agendar horário no ICM-Bio (e estar com a tarifa paga – já falei sobre isso aqui). Tentem reservar com antecedência ou assim que chegarem na ilha, para não correr o risco de lotação. A mais punk é a do Capim-Açu, que eu nunca fiz (tem duração de 8 horas, aproximadamente). A imperdível é a do Atalaia, que dá acesso às famosas piscinas naturais. Já fiz a opção longa (linda e tranquila) e a curta (pra quem não quiser prolongar muito a caminhada). Fiquei na vontade com a trilha dos Abreus, que tem uma descida íngreme e a galera deu pra trás. Meus amigos não são tão corajosos como eu, rs!




Passear de barco é sempre um programão, principalmente porque os golfinhos aparecem! Mas, mesmo se eles não derem o ar da graça, passear naquele mar maravilhoso é obrigatório. Quem opta por fazer mergulho, acaba fazendo um passeio de barco. Mas, a melhor opção pra quem quer fazer um passeio TOP é o barco da Fish Hunter, privativo só pra sua galera! Não é baratinho, mas vale cada centavo!
Passamos o entardecer no mar, fizemos o plana-sub (prancha a reboque), tiramos muitas fotos (lógico, rs), bebemos nossa champa, comemos um sashimi fresquinho feito na hora, peixinho grelhado, alimentamos os pássaros… Foi muito legal! Recomendo MUITO! Fomos muito bem recebidos pela Gloria e pelo capitão Romoaldo.





Começar o ano neste lugar me deu esperanças de um 2015 de coisas boas… Foi uma viagem especial, principalmente porque apresentei o meu paraíso para a minha sis, que voltou de lá já tão apaixonada como eu!

Para informações completas, não deixem de ler meu primeiro post sobre Noronha, onde dou detalhes sobre as praias, meios de transporte e falo da TPA (taxa que deve ser paga antes de entrar na ilha) e da tarifa para visitar o parque nacional marinho. Clique aqui.



Essa barraca desliza e conseguimos proteger as nossas coisas. Além de ser super leve!





